terça-feira, 13 de setembro de 2011

Copa vai ajudar micro e pequenas empresas a movimentar bilhões


Uma pesquisa que acaba de ser concluída mostrou que, só no estado de São Paulo, a Copa deve beneficiar 300 mil micro e pequenas empresas de mais de 400 tipos de negócios. Na Zona Leste de São Paulo, onde está sendo construído o estádio que pode sediar a abertura da Copa, já tem gente se preparando para receber os visitantes.
Ainda é um sonho que, a cada estaca e cada coluna fincada, vai se concretizando. A 20 quilômetros do Centro de São Paulo, o futuro estádio do Corinthians virou um pólo de atração de investimentos. Afinal, em menos de três anos, o canteiro de obras vai dar lugar a um dos palcos mais importantes da Copa.
Antes da chegada dos atletas e dos turistas, a bola rola no mundo dos negócios. Um estudo do Sebrae diz que, com a Copa, micro e pequenas empresas podem movimentar R$ 10 bilhões só no estado de São Paulo. É uma oportunidade de desenvolvimento de regiões mais pobres, como a Zona Leste da cidade.
O leque de possibilidades é imenso. Mais de 400 tipos de negócios vão lucrar com a festa do futebol, desde empresas de construção civil e turismo a outras menos convencionais, que alugam geradores de energia, promovem shows pirotécnicos ou simplesmente fabricam gelo.
“O principal é o empresário perceber que a Copa do Mundo já começou. Não é um evento que só vai acontecer em 2014. Quem quiser aproveitar as oportunidades para a Copa tem de se preparar desde já. Preparar-se significa estudar seu ramo de negócio e estudar as oportunidades desde já. A Copa do Mundo já começou”, afirma Bruno Caetano, superintendente do Sebrae em São Paulo.
A escola de idiomas a quatro quilômetros do futuro estádio já sente a força do evento. No último ano, o número de alunos cresceu 70%. “Profissionais como policiais, bombeiros, mecânicos, vendedores ambulantes e vendedor de loja convencional já pensando no retorno de atendimento a turistas estrangeiros que vêm na época da Copa do Mundo”, diz Leandro Fabrício, gerente comercial da escola.
“É para mostrar a região da Zona Leste de São Paulo. O bairro eu domino, só precisa agora dominar a língua”, comentou Wellington de Souza Santos, de 16 anos.
A oficina mecânica ao lado vai bancar aulas de inglês para quatro funcionários, entre eles a auxiliar administrativo Rosimeire Oliveira, que conhece poucas palavras da língua. “Se chegar um gringo, estaremos aqui para ajudar”, diz.
Em cursos de capacitação e na reforma da fachada, o dono da oficina espera investir R$ 30 mil para garantir um atendimento diferenciado na Copa, que vai incluir telefone para emergências.
“Vamos desenvolver a ideia do ‘0800’ nos pontos estratégicos, nos hotéis, nos estacionamentos e nos postos de gasolina. O volume aumenta e aumenta a necessidade de reparação”, afirma o dono da oficina Juvenal Fernando da Silva.
Uma coisa não vai mudar nem na Copa: "Fiado, só quando a galinha criar dente”, brinca um cartaz. Segundo o estudo do Sebrae e da Fundação Getúlio Vargas (FGV), a Copa deve injetar R$ 142 bilhões na economia de todo o Brasil.

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